O jogador de 18 anos já experienciou a sua quota-parte de altos e baixos na sua curta carreira, mas voltou mais forte e mantém-se determinado em lutar até ao topo.

Dispensado pelo Oldham Athletic antes do seu 16.º aniversário, outros poderiam pensar que a sua carreira teria acabado, mas o talento, a ambição e a ética de trabalho de James convenceram a Academia do City que ele merecia uma segunda oportunidade no clube do qual foi adepto toda a sua vida.

“Estive no Oldham desde os 10 anos, mas não me deram uma bolsa de estudo,” lembrou Hardy. “Assim, em Janeiro de 2012, vim à experiencia para o City que então me ofereceu uma bolsa de estudo – desde aí que tem sido o melhor.

“Sou um adepto do City desde que nasci, o que torna tudo muito mais especial. “Jogar pelo clube que apoiamos é o melhor sentimento do mundo.”
…James Hardy…

Com uma estatura pouco imponente, James tira partido da sua qualidade técnica, ao invés do poder físico, para superar os seus oponentes, fazendo uso da sua ligeireza para encontrar espaços. O seu alcance de passe e controle de bola fazem dele um jogador ideal para o centro do campo, e foi-lhe logo dada a oportunidade de se estrear pelos sub-18, após assinar no verão de 2012.

Ele afirmou: “Fiz a minha estreia na Liga no jogo inaugural contra o Chelsea, mas não correu muito bem e perdemos por 6-1. Mas eu era estudante do primeiro ano e escolheram-me para titular, o que foi fantástico pois demonstraram confiança em mim. Apenas o facto de ter jogado foi maravilhoso.

Mas enquanto ele pode ter disfrutado de uma estreia de sonho contra os Blues, esta época foi de frustração e desilusão para o médio nascido em Stockport, já que se debateu com uma lesão prolongada.

“Estive em forma durante a pré-época e alinhei no primeiro jogo contra o West Brom,” explicou Hardy. “Mas aí sofri uma lesão por esforço, nas costas, que me manteve afastado durante todo o ano. Durante cerca de três meses que não podia fazer nada.

“Deste modo, tem sido um ano frustrante, mas espero ultrapassar esta fase e voltar mais forte. Estar lesionado ajudou-me a apreciar jogar futebol ainda mais, pelo que quando regressar, não tomarei como certa a minha forma física.”

Enquanto admite que foi duro, de muitas formas, ver do banco a sua equipa de sub-18 a erguer o troféu da North League, ele mantém-se aprazido pelos seus colegas que tanto conseguiram durante este ano.

“Quero ver os meus colegas a saírem-se bem e vê-los a ganhar a liga é fantástico, mas na verdade sinto que não fiz parte de tudo aquilo.”

Mas James mantém se focado nos muitos aspectos positivos da sua crescente carreira no City, incluindo a hipótese de se testar contra oponentes estrangeiros e de viajar pelo mundo enquanto participa em torneios prestigiantes.

Ele afirmou: “Posso dizer que a minha memória favorita com a camisola do City foi em Hong Kong quando jogámos contra o Aston Villa na final, e eu marquei um golo.

“Estavam lá muitos adeptos por isso senti-me muito bem quando marquei, especialmente porque abri o marcador para o 1-0.”
…Hardy…

“Mas como é óbvio, só cá estou há pouco tempo, por isso espero somar mais recordações como esta.”

A sua tenra idade significa que tem tempo de sobra. O seu regresso aos relvados aproxima-se, com horizonte de começar a treinar sem limitações dentro de poucas semanas, e ele prepara-se para disfrutar de uma pré-época junto aos seus colegas enquanto tem como objectivo dar o passo para alinhar na Elite Development Squad (Academia das Reservas) de Patrick Vieira.

“Para o próximo ano, os meus objectivos são os de me manter em forma e de jogar bem! Espero também poder participar na Youth League da UEFA. Jogar contra equipas como o Benfica é completamente diferente do que jogar contra equipas daqui”, disse.

“Temos a possibilidade de jogar contra equipas inglesas todos os anos, mas jogar contra o Benfica é diferente. Mais, pode-se ver como é a competição no estrangeiro, ver quão bons eles são e compararmo-nos a eles.”

Embora esta época tenha sido frustrante para o jovem, conseguiu terminá-la em alta no estádio Etihad,

James fez 18 anos no último dia da época da Premier League, e os seus adorados Blues terem levantado o troféu foi o presente ideal, especialmente depois de ele ter sido dispensado 12 meses antes.

“Fui para Wembley o ano passado e foi o meu aniversário na altura, e obviamente acabámos por perder para o Wigan. Por isso, ganhar este ano foi a melhor sensação de sempre!”